LOS ANGELES e RIO - Produtores e elenco de "Piratas do Caribe: no fim do mundo" juraram que o filme, lançado em 2007, seria o terceiro e último da série. Mas, dois anos depois, o ator Johnny Depp surpreendeu aparecendo num evento da Disney, vestido como o carismático capitão Jack Sparrow, e deixou claro que o estúdio não abriria mão do seu tesouro tão cedo. Os três longas da franquia renderam, ao todo, US$ 2,7 bilhões. O segundo título, "O baú da morte", de 2006, é até hoje a quarta bilheteria da história do cinema. Tudo isso gera expectativa enorme para o novo filme, "Navegando em águas misteriosas", rodado em 3D, que estreia sexta-feira. Mas Johnny Depp mantém seu jeito de supercool ao falar de tanto sucesso:
- O estranho é que nunca mudei o meu trabalho. O processo de mergulhar num personagem é o mesmo de sempre. O fato de que tantas pessoas decidiram ver um filme meu é que ainda me choca. - diz o ator de 47 anos, antes de comentar o provável quinto longa-metragem da série: - Um personagem como Jack Sparrow poderia continuar. Espero que guardem os dreads do meu cabelo direitinho, sem deixar embaraçar.
Enquanto a confirmação sobre a sequência não vem, a Disney se concentra em divulgar a produção que estreia esta semana e que consumiu US$ 200 milhões. No elenco principal, sai o casalzinho Orlando Bloom e Keira Knightley e aparecem duas caras novas no álbum de Hollywood: a espanhola Àstrid Bergès-Frisbey, no papel de uma sereia, e o inglês Sam Claflin. Mas a maior novidade é a entrada da maravilhosa Penélope Cruz na saga. Ela interpreta a filha do pirata Barba Negra, uma corsária por quem Jack Sparrow arrastou a asa no passado.
- Você não consegue esquecer que está numa superprodução, quando 500 pessoas estão trabalhando no set. Você vê todos os dias o enorme investimento do estúdio. Eu me senti na Disneylândia - descreve a atriz, que nunca havia atuado num filme tão caro.
Produtor de todos os quatro longas da série, Jerry Bruckheimer acha que o Pérola Negra, navio de Jack Sparrow, vai continuar angariando lucros e, distraído, deixa escorregar que já existe uma ideia para o quinto longa.
- Esperamos que esse novo filme faça mais dinheiro ainda. Sobre a quinta produção, depende da Disney. Já temos um argumento, mas pode demorar até a história ser lapidada - esclarece o produtor.
Jack Sparrow não é o único pirata a fazer sucesso na série da Walt Disney. Veja, abaixo, outros homens-do-mar que dão graça à franquia.
CAPITÃO BARBOSSA: O ator australiano Geoffrey Rush ("O discurso do rei") vive o impagável Capitão Hector Barbossa em "Piratas do Caribe". No primeiro filme, "Maldição do Pérola Negra", lançado em 2003, ele é o grande adversário de Jack Sparrow e morre no final do longa. Mas Barbossa é ressuscitado na última cena de "Baú da Morte", segundo título da saga, e não sai mais da tela. Ele está de volta em "Navegando em águas misteriosas".
DAVY JONES: Uma monstruosa cabeça de lula criada por computação gráfica cobre o rosto do ator britânico Bill Nighy ("Notas sobre um escândalo"), que interpreta o temido Davy Jones. Capitão do navio fantasma Flying Dutchman, ele foi o grande vilão do segundo e do terceiro filmes da franquia e deixou sua marca. Ponto para Nighy, que, mesmo de rosto escondido, deu personalidade ao mostrengo.
CAPITÃO TEAGUE: Quem melhor para viver o pai de Jack Sparrow do que o cara que inspirou o personagem principal de "Piratas do Caribe"? O lendário guitarrista Keith Richards, dos Rolling Stones, faz o papel do Capitão Teague. Ele aparece no terceiro filme e, mesmo com pouquíssimas falas, faz sucesso. Keith volta no filme que estreia sexta.
Fonte: Revista Megazine - O Globo
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